Morte súbita de bebês: quais são os riscos
- Por Naíma Saleh em
- 8 de nov. de 2016
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Um estudo publicado no periódico Pediatrics mostra que não é apenas o ambiente no qual o bebê dorme que pode aumentar o perigo de morte súbita. Entenda
Por Naíma Saleh - atualizada em 08/12/2015 18h56
Uma nova pesquisa mostrou que criar um ambiente de sono seguro não basta na hora de reduzir os riscos da Síndrome da Morte Súbita Infantil, que é quando crianças, principalmente bebês, morrem durante o sono, sem nenhuma causa aparente. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Pediatrics, há outras duas variáveis que podem aumentar o perigo. A primeira diz respeito a fatores intrínsecos, como a prematuridade e a exposição ao cigarro durante a vida intrauterina. O segundo se refere ao período mais crítico do desenvolvimento dos bebês, que seriam mais vulneráveis a esse mal até os seis meses de vida.
Para o líder da análise, o pediatra Richard Goldstein, do Boston Children's Hospital Dana-Farber Cancer Center, “o estudo levanta a questão de que há outros fatores que são críticos na redução das taxas de morte súbita de bebês, não apenas o ambiente de sono". Fala-se muito nos cuidados que devem ser tomados na hora de colocar as crianças para dormir, pois muitas pesquisas já comprovaram que há diversas situações de risco que favorecem a morte súbita, entre elas dormir de barriga para baixo e colocar travesseiros, bichos de pelúcia, cobertores e protetores no berço.
Mas ainda que, como sugere a pesquisa, alguns fatores possam aumentar o perigo, a causa do problema permanece um mistério. “Essa é uma das coisas que mais se estuda, porque as autópsias desses bebês que morrem de repente não têm nem sinal de asfixia. Ninguém sabe ao certo qual é a causa da morte”, explica a pediatra Ana Escobar, consultora do programa Bem-Estar e colunista da CRESCER.
Ana lembra que o período de 6 meses indicado na pesquisa reforça a importância do cuidado redobrado nos primeiros mil dias de vida, que incluem os 280 da gravidez - da concepção ao nascimento - e os 720 dias que vão do nascimento até o segundo aniversário. "Quanto mais a mãe se cuidar durante a gravidez, melhor será a garantia de saúde do filho. É importante realizar um bom pré-Natal, acompanhando todos os passos do crescimento do bebê, assim como não fumar, não beber e ter uma alimentação saudável", completa Ana.
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